Crescimento no índice de desemprego com carteira assinada teria sido influenciado por demissões no setor do agronegócio, segundo IBGE
Embora o governo Lula tenha comemorado a criação de 306 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a taxa média de desemprego subiu a 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Já o resultado do levantamento concluído através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foi considerado dentro das expectativas.
Segundo o IBGE, o número de pessoas sem ocupação também aumentou em comparação ao trimestre anterior terminado em novembro de 2023, chegando a 0,3%. Já em relação aos brasileiros que saíram em busca por trabalho, houve alta de 4,1% na comparação trimestral, atingindo a marca de 8,5 milhões.
Demissões no agro teriam aumentado desemprego
De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, o aumento na taxa de desocupação foi influenciado pelo contingente de pessoas que decidiram disputar uma vaga de emprego com CLT.
Para Adriana Beringuy, responsável pela coordenação de pesquisas domiciliares do IBGE, o resultado que mostra aumento de desemprego formal sofreu influência direta do setor do agro.
“As demissões podem estar ligadas à redução do contingente de trabalhadores em algumas lavouras, como as culturas do milho e do café”, afirmou.