Arthur Lira no controle. O presidente da Câmara demonstrou nesta quarta-feira (12) que seus poderes continuam mais fortes do que nunca na casa legislativa.
No fim da tarde de hoje, o parlamentar anunciou a formação de um superbloco de aliados, composto de 175 integrantes das legendas PP (partido de Lira), União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e Cidadania-PSDB.
O número de deputados federais que concordaram em se aliar a Lira ultrapassa, inclusive, o mínimo necessário – segundo o regimento – para a instalada de comissões parlamentares de inquéritos (CPIs) e aprovação das propostas de emenda á Constituição (PECs).
Na prática, o superbloco de Lira irá atingir diretamente todas as decisões do centrão, da base governista e também da oposição, liderada pelo PL.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) tem hoje 99 deputados, enquanto a base de Lula conta com 81, formada por Rede, PV e PC do B.
Arthur Lira tem Lula e a oposição nas mãos
A decisão de compor o superbloco que será capitaneado por Arthur Lira foi uma reação à recente união do MDB com o PSD, Podemos, PSC e Republicanos, que hoje contam com 142 deputados e agora são o segundo bloco mais forte da Câmara.
Com o superbloco anunciado hoje, além de ter em mãos números para aprovar PECs e CPIs, Arthur Lira ganha ainda prioridade na hora das indicações para formação de colegiados que analisam medidas provisórias (MPs).