Arrecadação em alta. Apesar dos planos de Lula de aumentar ainda mais os impostos, os números divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal comprovam que nunca se colheu tanta tributação no Brasil há mais de duas décadas.
Segundo o levantamento, em fevereiro o volume de impostos arrecadados pela União chegou perto dos R$ 159 bilhões – a maior soma já apurada para este mês, desde 2000, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Já no comparativo com fevereiro de 2022, o crescimento real da arrecadação ficou 1,28% acima da inflação, com correção feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado do ano, a arrecadação alcançou a marca dos R$ 410 bilhões, representando acréscimo acima da inflação de 1,19%. Novamente, o valor é o maior desde 2000.
Arrecadação: os motivos do recorde
Para Claudemir Malaquias, que chefia o Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, a alta na arrecadação se deve à boa atividade econômica registrada no mês de fevereiro em quase todo o país.
“Percebemos que o desempenho da atividade econômica continua sendo determinante para o resultado da arrecadação. Neste mês de fevereiro, temos a surpresa positiva do desempenho da massa salarial, que significa que a atividade econômica também vem acompanhada de uma retomada do nível de emprego”, disse o dirigente em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira.
Vale destacar que os números sobre emprego e desemprego relacionados ao ano de 2022 mostraram melhora no mercado de trabalho.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) feita pelo IBGE, a taxa média anual de desemprego no Brasil caiu para 9,3% em 2022, alcançando o menor patamar desde 2015, segundo os dados ). De acordo com o estudo, estes números indicam a recuperação do mercado de trabalho depois da pandemia de covid-19.
Em contrapartida, o IBGE mostrou que a taxa de desocupação voltou a crescer no trimestre entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, primeiro mês do governo Lula. O índice subiu para 8,7% no comparativo ao trimestre anterior, que era de 8,2%.