Argentina no caos: sem gasolina, e sem reserva cambial país governado pela esquerda chega ao pior momento desde a posse de Alberto Fernández em 2020
A menos de um mês do segundo turno das eleições, os argentinos vivem o pior cenário possível. Pela cidade de Buenos Aires já é possível ver enormes filas nos postos, em busca das últimas gotas de combustível, além de carros estacionados pelas ruas com seus tanques vazios.
A carência de gasolina, diesel e etanol é reflexo das reservas já quase esgotadas de dólares nos cofres do Banco Central. Por conta disso, navios-tanque da petrolífera nacional YPF estão ancorados à espera de poder distribuir o combustível para a capital e demais províncias.
O motivo da estagnação é simples: falta de recursos suficientes para quitar os compromissos com os fornecedores estrangeiros GP e Gunvor.
Argentina: economia derretendo
A situação da economia argentina tem ficado precária desde o início da pandemia, com a combinação de longos lockdowns e medidas desastrosas, como congelamento de preços, câmbio artificial e corte de exportações.
A inflação anual deve fechar perto dos 150% (superior à da Venezuela), Já o câmbio oficial troca hoje US$ 1 por 349 pesos no oficial. Porém, a escassez da moeda norte-americana nos cofres argentinos fez com que o dólar blue (a cotação extraoficial mais popular) atingisse 1010 pesos na cotação de 25 de outubro.
Apesar da degradação econômica, o candidato da situação, Sergio Massa, chegou à frente de seu principal adversário, o representante da direita, Javier Milei. Pesquisas recentes também mostram equilíbrio entre os candidatos, mesmo com o aumento da crise.