Argentina tenta evitar o pior com nova nota de 2 mil pesos. Banco Central alega hiperinflação e falta de papel moeda. Mais de 600 milhões de pesos já foram impressos no Brasil
Enquanto o governo brasileiro apela por mais crédito à Argentina, o país de Alberto Fernández anuncia medidas para conter a impressão de mais papel moeda, já escasso no país. A nota de 2 mil pesos acaba de ser lançada e vale no câmbio oficial cerca de R$ 40. As trocas mais comuns, entretanto, acontecem no câmbio paralelo, onde 2 mil pesos valem R$ 20.
Argentina justifica a entrada de nova nota
Ao lançar a nota de 2 mil pesos, o Banco Central Argentino justificou da seguinte forma a novidade:
“A maneira como as pessoas efetuam pagamentos no nosso país tem vindo a sofrer uma importante alteração no sentido de uma maior utilização dos meios eletrônicos (…) À medida que o processo de digitalização dos pagamentos avança, esta fatura de maior valor melhorará o funcionamento dos caixas eletrônicos e, ao mesmo tempo, otimizará a transferência de dinheiro”.
Inflação “devora” papel moeda na Argentina
Com juros a 97% e inflação anual superando os 100% (108,9% em abril), o custo dos insumos inviabiliza a manufatura de pesos na Argentina. Desde 2022, a Casa da Moeda Brasileira já imprimiu mais de 600 milhões de notas para o país vizinho. Os argentinos acumulam débitos com a terceirização.