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Após pressão popular, Tarcísio desiste de transferir Cracolândia para o Bom Retiro

Tarcísio pressão popular

Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou “que errou” e não irá mais transferir dependentes químicos do centro para o Bom Retiro. Projeto havia sido anunciado na terça-feira (18), sem a anuência do prefeito Ricardo Nunes (MDB)

A intenção de transferir dependentes químicos da Cracolândia do bairro do Campos Elísios para o Bom Retiro durou poucas horas. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) confirmou em entrevista concedida nesta quinta-feira (20) à rede CNN que a ideia apresentada nesta semana “não irá funcionar”. O projeto, organizado em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado havia sido anunciado sem conhecimento inicial do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

“Não vai funcionar. Vou voltar atrás. Sou humano. Não tenho problema de corrigir o caminho”, afirmou o governador, sobre a iniciativa comunicada pelo governo na terça-feira (18).

A decisão foi tomada na tarde de hoje, após Tarcísio inspecionar as ruas do centro da capital, que sofre ainda mais com a violência, desde que em 2017, o ex-governador João Doria Jr (PSDB) tentou manobra semelhante. Na ocasião, Doria forçou a saída dos dependentes químicos que povoavam outras vias do centro histórico da cidade.

A ideia de Tarcísio era a de transferir as pessoas para o Complexo Prates, onde já funciona instalações como o Caps e uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA).

Tarcísio sentiu os primeiros efeitos da pressão popular em seu governo

Como o Paradoxo BR mostrou, o projeto de levar os moradores de rua da Cracolândia para o tradicional Bom Retiro, onde há décadas é concentrada a produção de tecidos e roupas, motivou os moradores do bairros a protestar contra o governador. Um manifesto estava agendado para às 18h no Largo do Arouche.
A iniciativa de Tarcísio também foi questionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Em entrevista à Jovem Pan, Nunes afirmou que já havia ações para o tratamento de dependentes químicos semelhantes gereidas pela prefeitura.

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