O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, teve seus sigilos quebrados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em irregularidades cometidas em seu tempo de vereador
Poucos dias após declarar que Flávio Dino (PSB-MA) deverá ser um “ministro maravilhoso” quando assumir sua vaga no Supremo Tribunal Federal, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), virou alvo da Polícia Federal e poderá acabar nas mãos do próprio Dino, caso vire réu.
Nesta quinta-feira (21), o chefe do executivo fluminense teve os sigilos bancário, telemático e fiscal quebrados por ter atuado como vereador na época dos governos de Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel. Segundo a PF, a intenção é descobrir se Cláudio Castro teve qualquer participação em esquemas de desvios de recursos, pagamento de propina e fraude em licitação de contratos fechados no estado do Rio de Janeiro entre 2017 e 2020.
Entenda a operação que atingiu o governador do Rio
Batizada como “Sétimo Mandamento” (não adulterarás), a operação da Polícia Federal tem alvos específicos: os projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel. De acordo com as investigações preliminares, uma organização criminosa teria se infiltrado para conduzir os projetos em seus redutos eleitorais, e assim obter vantagens econômicas e políticas.
Elogios à Flávio Dino
Como o Paradoxo BR mostrou, o governador Cláudio Castro – que poderá ser julgado na esfera mais alta do judiciário, caso seja comprovada sua participação nos esquemas ilícitos, chegou a declarar elogios ao atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, após sua aprovação pelo Senado ao STF.
“Se continuar como foi na pasta da Justiça, nossa relação será ótima”, concluiu Castro.