Cobrança de suposta dívida da Vale acontece após imbróglio envolvendo a nomeação de Guido Mantega como CEO da mineradora
Menos de 24 horas após o ex-ministro Guido Mantega supostamente ter “desistido” de assumir a vaga de CEO na mineradora Vale, o Ministério dos Transportes notificou a companhia cobrando o pagamento de R$ 20 bilhões. O montante seria referente à antecipação de concessões renovadas no governo de Jair Bolsonaro.
A notícia foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho – um dos nomes do governo Lula que raramente aparece na mídia. Ele disse que a medida tomada é resultado de “meses de trabalho árduo e dedicação” da pasta. Segundo Renan Filho, a cobrança teria sido autorizada pelo Tribunal de Contas da União.
TCU analisou concessão da Vale
De acordo com o TCU, a concessionária descontou de forma equivocada” ativos não amortizados” investidos na ferrovia. No caso específico da estrada de Ferro de Carajás, a Vale renovou a concessão por mais 30 anos, abatendo de uma só vez R$ 19,4 bilhões e pagando apenas R$ 600 milhões dos R$ 20 bilhões de outorga. O governo Lula alega que o desconto não poderia ter sido feito nesse formato, mas ao longo do tempo autorizado da concessão.