O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso por “descumprir medidas cautelares” e obstrução à justiça
Em um dos áudios gravados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, divulgados na quinta-feira (21), o tenente-coronel Mauro Cid afirma: “Eles são a lei agora. A lei já acabou há muito tempo. O Alexandre de Moraes é a lei: Ele prende, ele solta quando quiser, como quiser.”
Nesta sexta-feira (22), menos de 24 horas após a publicação da matéria pela revista Veja, o militar foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmando o conteúdo das gravações. A justificativa da prisão preventiva apresentada pela suprema corte foi “descumprimento das medidas cautelares e obstrução à justiça”.
Mauro Cid e Bolsonaro na mira do STF
Mauro Cid foi preso em maio de 2023, após a Polícia Federal afirmar que o ex-ajudante de Bolsonaro participou de um esquema de falsificação de carteiras de vacinação.
Nesta semana, Cid e Bolsonaro, além de mais 14 pessoas, foram indiciadas por inserção de informações falsas e associação criminosa. No depoimento divulgado pela PF, Cid teria dito que seguiu orientações do ex-presidente para imprimir as carteiras. Pouco depois, circularam matérias apontando discrepâncias nas declarações.