Em virtude do recente apagão ocorrido em quase todos os estados brasileiros, o governo Lula precisou comprar energia da Argentina e Uruguai para atender à demanda. PF foi acionada para investigar causas
O apagão que deixou quase todo o Brasil sem energia elétrica no último dia 15 de agosto teve um desdobramento caro para o país. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), foi necessária a importação de fornecimento da Argentina e Uruguai para compensar o problema.
Dos argentinos, o Brasil adquiriu 215 megawatts, enquanto as hidrelétricas uruguaias forneceram 40 megawatts para suprir as perdas brasileiras.
Os dados foram divulgados na reunião do Programa Mensal da Operação (PMO). O relatório apontou que o governo federal contava com saldo necessário para efetuar a transação em caráter de emergência. A necessidade de importação foi excepcional, e interrompeu um ciclo de exportação que o Brasil fazia para esses mesmos países que deram suporte ao sistema nacional após o apagão.
Apagão virou inquérito sigiloso na PF
Na última terça-feira (22), o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que a Polícia Federal abriu inquérito para apurar as causas do apagão em 25 estados, mais o Distrito Federal. Como de costume com recentes casos, a PF disse que o inquérito correrá em sigilo.
De acordo com a direção da corporação, serão investigados possíveis casos de sabotagem no sistema.
Até o momento, a única informação concreta (ainda que hipotética) seria que a interrupção de energia teria sido causada por uma pane na subsidiária da Eletrobras (alvo de pesadas críticas do governo Lula por conta da privatização) no Ceará.