Anderson Torres deixa a prisão, mas terá de usar tornozeleira eletrônica, abandonar redes sociais e devolver passaportes à PF
Às vésperas de completar quatro meses no cárcere, o ex-ministro da Justiça e delegado da PF, Anderson Torres, poderá, finalmente, deixar sua cela na prisão em um batalhão da PM, em Brasília. A decisão da soltura foi emitida pelo ministro do Supremo Tribuna Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (11).
Em seu despacho, Moraes declarou:
“No presente momento da investigação criminal, as razões para a manutenção da prisão de Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade”.
A libertação de Torres não sairá de graça. Ele terá de entregar às autoridades seus passaportes e armas de fogo, não poderá sair à noite e será obrigado a usar tornozeleira eletrônica e abandonar suas redes sociais. Seu cargo como delegado da PF também foi revogado por Alexandre de Moraes. Além das medidas cautelares citadas, Anderson Torres precisará comparecer toda segunda-feira à sede da Justiça Federal do Distrito Federal.
Mais sobre o caso
Em 17 de abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia manifestado a decisão pela libertação de Anderson Torres, com a condição de que o ex-ministro de Bolsonaro fosse obrigado a cumprir medidas cautelares.
Anderson Torres é suspeito de ter se omitido sobre os atos de vandalismo do 8 de Janeiro. Ele se entregou à justiça no dia 14 daquele mês, após retornar de férias nos Estados Unidos.