Anderson Torres chorou durante toda a visita feita pelo deputado Sanderson. O ex-ministro de Bolsonaro continua preso em Brasília, desde 14/1 e depende da PM para ser transferido a um hospital
A situação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro continua indefinida. Após a Secretaria de Administração Penitenciária negar a transferência de Anderson Torres a um hospital psiquiátrico, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) afirmou que o estado de saúde de Torres tem piorado diariamente. Preso desde 14 de janeiro por ordem do STF, o ex-ministro e secretário de segurança do DF revelou estar sendo punido “por um crime que “não cometeu”.
“Ele está muito abalado”, afirmou Sanderson. “Ele chorou durante quase todo o período que conversei com ele”, revelou o parlamentar, que o visitou no último final de semana.
Anderson Torres está sendo forçado a delatar, diz advogado
Na opinião do advogado Levi Andrade, que atua em diversos casos ligados às invasões de 8 de Janeiro, em Brasília, a manutenção da prisão de Anderson Torres pode ser uma tentativa de obriga-lo a fazer uma delação premiada.
“Acompanho as prisões políticas desde 2022, quando o sr. Milton Baldin foi preso em dezembro”, afirmou Levi Andrade ao Paradoxo BR.
“Quase todos são os presos – cerca de 2.100 – não cometeram crimes. Além disso, não houve individualizações das condutas. No caso do dr. Anderson Torres – que é delegado da Polícia Federal – há uma tentativa de força-lo a fazer uma falsa delação contra (Jair) Bolsonaro”, analisa o advogado.
“Não há nenhum motivo para mantê-lo na prisão. Apenas para sua saúde se agravar cada vez mais”, opina Andrade, que também defende o deputado federal Zé Trovão (PL-SC).
Anderson Torres aguarda parecer da Polícia Militar do Distrito Federal para saber se poderá ser transferido a um hospital psiquiátrico local.