Aloizio Mercadante pode ter vida curta no comando do BNDES – o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Depois da ação movida pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), agora foi a vez do também parlamentar e ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem (PL-SP), de tentar barrar a carreira do petista no banco de fomento.
Ramagem – que foi impedido por Alexandre de Moraes de assumir a direção da Polícia Federal em 2020 no governo Bolsonaro – alega que a nomeação fere a atual vigência da Lei das Estatais. O texto, de acordo com a ação, aponta que é “vedada a indicação de nome que tenha participado da estrutura decisória de um partido nos últimos 36 meses”. Vale destacar que Aloizio Mercadante atuou como ativista e coordenador da campanha de Lula no ano passado.
A Nona Vara da Justiça Federal, estabelecida no Distrito Federal, ficará encarregada de analisar as ações movidas por Ramagem e Carlos Sampaio.
Aloizio Mercadante foi aprovado por unanimidade pelo conselho do BNDES
Apesar da polêmica em torno da lei das estatais – que tenta barrar as indicações políticas para os cargos públicos – em 25 de janeiro, o conselho de administração do BNDES aprovou a indicação de Aloizio Mercadante para presidir a instituição.
A decisão unânime do conselho se baseou em um despacho do Tribunal de Contas da União (TCU), que deu aval à nomeação, apesar das incertezas relacionadas à Lei das Estatais.
Em seu discurso de posse, Mercadante garantiu que os empréstimos à países da América Latina – incluindo os devedores Cuba e Venezuela – iriam ser retomados. Além de dar preferência às nações companheiras do regime petista, o presidente do BNDES aproveitou para resgatar o bordão favorito petista: “Não vamos retroceder na defesa da democracia“, afirmou.