Alexandre de Moraes autorizou quebras de sigilo de assessores de Jair Bolsonaro, durante a presidência. Investigação chegou a monitorar atividades em 2018, quando Bolsonaro era candidato
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribuna Federal (STF) tem monitorado os assessores de Jair Bolsonaro desde 2021. A estratégia foi usada para investigar de forma indireta o ex-presidente da República. As informações foram reveladas pela Folha de S. Paulo.
Segundo a reportagem da Folha, Moraes ordenou quebra de sigilo do ajudante de ordens e Tenente Coronel do Exército, Mauro Cid Barbosa (atualmente preso) para que Polícia Federal pudesse investigar ações diversas, como troca de mensagens, depósitos e saques bancários, além de atividades cotidianas do militar.
A investigação conduzida por Moraes também se estendeu a 2018 – ano em que Jair Bolsonaro ainda era candidato à presidência da República. O monitoramento abrangeu atividades de familiares do ex-chefe de estado.
Alexandre de Moraes: Quebra de sigilo foi vazada em 2022
Em setembro de 2022, em meio à campanha eleitoral, a mesma Folha de S. Paulo publicou matéria expondo as “investigações secretas: de Moraes. O texto revelou que Cid teria pago despesas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, além do presidente. Na ocasião,Bolsonaro repudiou a investida contra sua esposa.
“Alexandre, você mexer comigo, é uma coisa. Você mexer com a minha esposa você ultrapassou todos os limites, Alexandre de Moraes. Todos os limites. Você está pensando o que da vida? Que você pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela sua cabeça?”, questionou Bolsonaro.