Alexandre de Moraes afirmou que membros da STF e TSE “tinham compromissos” nesta quinta-feira, e remarcou julgamento de ex-presidente para às 19h da próxima terça-feira
O ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes decidiu suspender o julgamento de Jair Bolsonaro, incitado na manhã desta quinta-feira (22) em Brasília.
O motivo alegado por Moraes foi que “membros da Corte devem participar de audiências e sessão no Supremo Tribunal Federal (STF)”. Em virtude disso, a sessão da corte foi transferida para a próxima terça-feira (27), às 19h, quando o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, fará a leitura de seu voto.
Embora tenha alegado “compromissos prévios” de membros do TSE, há a suspeita de que o prolongamento do julgamento deixe Jair Bolsonaro inelegível, não somente em duas, mas em três eleições.
Alexandre de Moares: “compromissos” levam a adiamento do julgamento
Como o Paradoxo BR mostrou, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou na quarta-feira (21) que o TSE já absolveu em julgamento a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2017. Na ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral julgou a ação aberta pelo PSDB por abuso de poder político. O ministro Gilmar Mendes chegou a admitir que o TSE “não cassava mandatos de políticos”.
Após recordar os detalhes do processo que inocentou Dilma, Bolsonaro explicou o motivo de ter reunido embaixadores para falar sobre os problemas das eleições brasileiras – evento que se transformou em objeto da ação movida pelo PDT em 2022.
“Eu reuni os embaixadores, porque, dois meses antes, o próprio Edson Fachin (STF) reuniu os mesmos embaixadores para dizer que eles teriam de reconhecer o resultado das eleições imediatamente após o resultado. Então, usei apenas minha prerrogativa como presidente”, esclareceu.