Alerta global. Depois da falência decretada de dois bancos nos Estados Unidos, as estruturas dos mercados em todo o mundo foram abaladas com a notícia sobre o Credit Suisse, que não deve contar, ao menos em curto prazo, com aportes de investidores saudistas
A notícia de que o Saudi National Bank, principal investidor do Credit Suisse, não iria mais dar apoio à instituição influenciou diretamente as bolsas de valores internacionais.
Após o incidente, as ações do Credit Suisse despencaram mais de 20%, empurrando outros bancos europeus, como os italianos UniCredit, Finecobank e Monte Dei Paschi, a um fluxo negativo, com o registro de quedas nos papéis acima de 10%. Após a baixa, os ativos do banco suíço foram de 2, para 1,697 francos suíços, o que representa queda de 24,24%.
O presidente do Conselho de Administração do Credit Suisse, Axel Lehmann, afirmou durante painel organizado pela CNBC, que os planos para tentar reduzir o risco do balanço estão em andamento.
“Somos regulamentados, temos fortes índices de capital, balanço muito forte. Estamos todos de mãos dadas”, afirmou o diretor.
Alerta global: Sauditas justificam pausa em investimentos
Nesta quarta-feira (15) segundo o Financial Times, o Credit Suisse solicitou apoio ao Swiss National Bank, o banco central suíço. De acordo com o jornal, o banco ainda pediu demonstração pública de apoio à autoridade federal suíça de vigilância do mercado financeiro, a Finma.
Em entrevista ao canal financeiro norte-americano Bloomberg TV, o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, declarou que o banco saudita não dará assistência financeira adicional ao Credit Suisse. “A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária.”, garantiu o dirigente.