Alberto Fernández – presidente argentino que amarga inflação anual superior a 100% – voltou a atacar nomes de direita da política, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Ao ser questionado durante participação em podcast sobre o economista e candidato à presidência da Argentina, Javier Milei – chamado pela grande mídia de “ultradireitista” – Fernández destacou sua preocupação sobre a escalada de uma suposta “onda autoritária”, chegando ao ponto de comparar os políticos da atualidade com Adolf Hitler. (Veja a entrevista no vídeo postado no Instagram).
“Pra mim me preocupa – mas não me preocupa o fenômeno Milei”, comentou Fernández. “Ele me ofendeu muito”, reclamou.
“É que muitas vezes na democracia setores autoritários se apegam à democracia para chegar ao poder, e depois construir seu próprio autoritarismo a partir desse poder”, ponderou o aliado de Cristina Kirchner.
“Uso um exemplo que todos conhecemos, como Hitler (Adolf). E isso acontece em muitos lugares do mundo hoje em dia. Milei não é diferente de Vox”, comparou Fernandez, se referindo ao partido de direita da Espanha.
“Na Alemanha, a quantidade de deputados neonazistas que chegaram ao poder é preocupante. Na França, Le Pen (Marine) é preocupante. E Trump (Donald) ter conseguido tantos votos. Assim como Bolsonaro ter conseguido tantos votos é preocupante”, ressaltou o presidente argentino.
“A Argentina também teve muitos casos de uso de autoridade para chegar ao poder, como Bussi, o general genocida e Patti, o torturador”, ratificou Fernández.
Alberto Fernández e Papa Francisco: elogios à esquerda brasileira
Como o Paradoxo BR mostrou, nomes importantes do cenário Argentino têm feitos comentários incisivos sobre políticos brasileiros nas últimas semanas. Recentemente, o papa Francisco participou de um programa de TV onde elogiou Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“E o que aconteceu com Dilma Rousseff”, questionou o Papa.
“Eles não podiam…não podiam. Ela é uma mulher de mãos limpas, uma excelente mulher. Foi uma ação feita em harmonia com a direita”, completou Francisco à emissora argentina C5N.