Em depoimento à CPI das invasões de terra, o líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou que o agronegócio só traz lucros para os bancos e não gera desenvolvimento. A declaração do assecla de Lula, entretanto, não bate com os números gerados pelo setor em 2023
A CPI do MST de terça-feira (15) foi dominada pelo depoimento do líder do movimento invasor, João Pedro Stédile. Sem apresentar dados e com certo tom de deboche, o cabeça do grupo que destrói laranjais e laboratórios de pesquisas agrícolas afirmou que o agronegócio brasileiro “não desenvolve o país”
A declaração aconteceu após questão feita pelo relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP).
“Eu gostaria de ouvir a sua opinião sobre o agro. Se o agro presta do ponto de vista de receitas ao país, desenvolvido, tecnologia, emprego, todos esses indicadores ao país”, perguntou Salles.
Em resposta, Stédile disse que apenas os bancos saem ganhando.
‘O agronegócio produz riqueza, mas não desenvolve o país’, ratificou Stédile.
Agro quebrou recordes no semestre e manteve economia viva
Fake news à parte, a verdade sobre o agronegócio é que ele tem garantido o desenvolvimento econômico do Brasil, apesar das políticas do governo Lula baseadas em assistencialismo e criação de impostos.
Em julho, por exemplo, o agronegócio brasileiro registrou a marca de US$ 14,4 bilhões, com destaque para a soja, que fechou o mês com vendas para o exterior na casa de US$ 6 bilhões.
Melhor que os números relacionados ao mês passado são as perspectivas para o produto. Até o final de 2023, a colheita nacional deverá render 155 milhões de toneladas – a melhor marca desde 1997 – que colocará o país na 1ª colocação internacional do comércio de farelo de soja.
De janeiro a julho, o faturamento da agropecuária já rendeu US$ 50 bilhões para os cofres brasileiros, garantindo equilíbrio à balança comercial. O resultado, segundo o Ministério da Agricultura, é 6% superior em relação ao mesmo período de 2022.
Além da soja, dois produtos nacionais se destacaram como estrelas da companhia. Em um período onde os efeitos da pandemia ainda comprometem setores como varejo, indústria e serviços, as vendas de frango para o mercado externo se destacaram, marcando US$ 5 bilhões e crescimento de 7% no semestre.
Outro derivado do agronegócio de grande relevância é o segmento de papel e celulose. Com exportações em torno de US$ 5,5 bilhões – crescimento de 8% em relação ao primeiro semestre de 2022.