A agência de classificação de risco, Austin Rating, melhorou a avaliação brasileira para os próximos anos, destacando a política para conter a inflação do Banco Central, além dos investimentos estrangeiros em 2022
Após a Fitch, agora foi a vez da Austin Rating alterar a perspectiva econômica do Brasil. Nesta sexta-feira (28), a agência classificadora de risco passou a avaliar o rating soberano em moeda local de “estável” para “positivo”.
Para chegar ao resultado, foram colocados na balança a política atual do Banco Central independente, índices de confiança empresarial de consumidores, aumento de investimentos estrangeiros e a expectativa sobre o arcabouço fiscal aprovado pela Câmara dos deputados.
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, afirmou por meio de nota, que a situação poderá melhorar ainda mais, caso as reformas econômicas sejam consolidadas.
“Estamos a um degrau para voltar a atingir o grau de investimento para o Brasil”, apontou Agostini. “É uma questão de tempo para que os fundamentos da política monetária, equilíbrio fiscal e a retomada da confiança do consumidor e indústria se consolidem para essa conquista”, explicou.
Agência destaca política de Roberto Campos Neto
Na avaliação da Austin Rating, contribuiu de forma definitiva para melhores prognósticos a política de controle inflacionário do Banco Central presidido por Roberto Campos Neto, que incluiu elevação da taxa Selic em 2021 e 2022.
“Nesse contexto, as perspectivas para a execução da política monetária concentram-se no início do processo de afrouxamento, ou seja, redução contínua da taxa de juros básica nacional, estimulando e fortalecendo o PIB pela ótica da demanda, seja por meio dos investimentos (FBCF) ou pelo consumo das famílias”, destacou.
Já no quesito referente à política externa, a Austin Rating apontou crescimento dos indicadores pós-pandemia no governo Bolsonaro, principalmente nos investimentos estrangeiros diretos. Nesse comparativo, a alta passou de US$ 46,4 bi em 2021 para US$ 90 bi em 2022.
