Mais de quatro meses após o incidente em Roma envolvendo o filho de Alexandre de Moraes, advogado questiona motivo de as imagens não serem apresentadas à defesa dos acusados de agressão
A defesa da família Mantovani – investigada no Supremo Tribunal Federal por suspeita de agressão ao filho do ministro Alexandre de Moraes (STF) – publicou nesta quinta-feira (5) uma nota de repúdio pelo sigilo decretado às imagens do aeroporto de Roma, onde o incidente teria ocorrido em julho deste ano.
No texto, o advogado Ralph Tórtima Filho aponta que a perícia feita nos vídeos enviados pelas autoridades italianas teriam sido feito somente por técnicos da Polícia Federal, e não por especialistas com neutralidade.
“Causa estranheza o fato de ser decretado o sigilo das imagens do aeroporto na Itália e, na mesma decisão, ser baixado o sigilo dos autos, de sorte a que um relatório, feito por um agente da Polícia Federal, não por peritos, seja devassado com parte dessas mesmas imagens, com ilações extremamente tendenciosas, no mínimo criativas”, escreveu o advogado.
Vídeo de Moraes viralizou nas redes
O defensor de Roberto Mantovani e esposas, ainda ponderou que o processo pode ter sido vazado, já que trechos das imagens acabaram vazando pela grande mídia.
“Se as imagens captadas no aeroporto são sigilosas, o relatório que as revela de forma seletiva também deveria ser, por evidente. A impressão que fica é a de que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo, impedindo que a integralidade delas seja de conhecimento público”, complementou.
Nesta quinta-feira (5), outro vídeo que mostra o ministro Alexandre de Moraes chamando Mantovani de “bandido” começou a viralizar nas redes sociais.