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Acusado pela PF: empresa aérea confirma versão de ex-assessor de Bolsonaro

Assessor

A Latam divulgou a passagem aérea comprada pelo ex-assessor de Bolsonaro, Filipe G. Martins, com destino a Curitiba. Ele é acusado de ter viajado aos EUA e não retornado na aeronave presidencial

A companhia aérea Latam divulgou nesta sexta-feira (15) os documentos que comprovam o embarque e a viagem do ex-assessor de assuntos internacionais de Jair Bolsonaro (PL), Filipe G. Martins, de Brasília para a cidade de Curitiba, no Paraná no final de 2022.

Os registros oficiais da empresa apontam que o passageiro Filipe Garcia Martins Pereira adquiriu o bilhete aéreo do voo LA3680 com destino a Curitiba. A aeronave, segundo a Latam, decolou às 16h50 de 31 de dezembro de 2022, pousando no aeroporto da capital paranaense às 18h40.

As mesmas informações sobre o itinerário já haviam sido divulgadas pela defesa de Martins, por solicitação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão preventiva do assessor – ocorrida em 8 de fevereiro – foi mantida mesmo com a apresentação dos dados.

Nesta semana, Moraes intimou a Latam a divulgar os documentos que comprovassem o embarque do acusado. O ministro também solicitou imagens do Aeroporto Internacional de Brasília para identificar se Martins não havia embarcado na comitiva de Bolsonaro.

Entenda o caso do assessor de Bolsonaro

Em 30 de dezembro de 2022, o presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil rumo a Orlando, nos Estados Unidos. A partir de informações apuradas pela Polícia Federal, Filipe G. Martins teria acompanhado o ainda presidente da república nessa viagem.

Agentes da PF informaram ao ministro Alexandre de Moraes – que é relator do caso que apura a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, ocorrido mais de uma semana após o embarque de Bolsonaro – que Felipe G. Martins teria embarcado no avião presidencial. Ele também é acusado de colaborar com Bolsonaro em uma tentativa de “golpe de estado”.

Segundo as autoridades, a prova de que o assessor teria deixado o Brasil e não retornado na aeronave teria sido divulgada pelo Department of Homeland Security (Departamento de segurança interna dos EUA). Os dados, entretanto, nunca foram apresentados pela PF. A acusação, contudo, foi usada por Moraes para decretar a prisão preventiva de Martins.

Comitiva brasileira em Washington

Em resposta às ações consideradas inconstitucionais – como a ocorrida com Filipe G. Martins – uma comitiva de parlamentares brasileiros denunciou os supostos abusos à Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos EUA. A mesma denúncia foi feita à OEA – Organização dos Estados Americanos.

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