Deputado Carlos Jordy disse que só foi informado que se tratava de uma operação sobre o 8 de Janeiro pela imprensa
O líder da oposição na Câmara deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo nesta quinta-feira (18) da 24ª etapa da Operação Lesa Pátria que investiga a participação nos atos de invasão e vandalismo em prédios públicos em 8 de Janeiro de 2023.
Horas após o incidente, o deputado federal afirmou que foi acordado em sua residência por agentes da Polícia Federal aproximadamente às 6h da manhã. A PF, segundo Jordy, estava atrás de tablets, celulares, armas e dinheiro, além de qualquer outro objeto que “pudessem incriminá-lo”.
“Como vocês devem estar acompanhando, sofri uma busca e apreensão da Polícia Federal. Estava dormindo e fui acordado com um fuzil no meu rosto. Eu não sabia o que era. Eles me deram uma cópia da petição 11986. Eles estavam buscando, armas, tablets, celulares. Tentaram buscar outras coisas que pudessem me incriminar, mas não encontraram nada”, explicou.
Durante o período em que sua residência foi revistada pelos policiais, Carlos Jordy destaca que não foi informado sobre nenhum detalhe ou motivo da operação.
“Só fiquei sabendo depois de que se tratava do 8 de Janeiro. Isso é inacreditável. Estamos vivendo uma ditadura”, lamentou. “Em momento algum, eu incitei ou falei para as pessoas que aquilo era correto. Justamente o contrário. (…) Nunca apoie qualquer tipo de ato anterior ou depois ao 8 de Janeiro”, reiterou.
Jordy é pré-candidato à prefeitura de Niterói
Carlos Jordy considerou a invasão à sua residência “uma piada”, e a descreveu como parte de um plano autoritário com o intuito de perseguir adversários. O parlamentar também ligou a ação policial à aproximação das eleições municipais em outubro.
“Essa operação Lesa Pátria é uma piada. Ela tem o intuito de perseguir adversários e minar opositores, já que sou pré-candidato à prefeitura de Niterói”, apontou.
“Falei até para os policiais federais que vieram aqui: antes vocês iam às casas de políticos corruptos (..) É lamentável a ditadura que vivemos no Brasil”, concluiu.