Oposição entregou à PGR pedido de afastamento de Flávio Dino. Apesar dos insistentes pedidos, o ministro só entregou até o momento imagens de quatro câmeras do Ministério da Justiça. A primeira solicitação da CPMI havia sido feita em 11 de julho
A Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu nesta terça-feira (5) um novo pedido de impeachment. Desta vez, contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA.
No documento protocolado à PGR por parlamentares que compõem a oposição ao governo Lula, o autor do pedido, deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirma que Dino cometeu crime de responsabilidade.
No caso específico, a não entrega das imagens registradas em 8 de janeiro pelas mais de 100 câmeras instaladas no Palácio da Justiça, incluindo no interior do gabinete do próprio ministro.
No texto do pedido, Bilynskyj aponta que “há fortes indícios que houve uma conduta ativa para exclusão das imagens. O que configura, em tese, o crime de fraude processual”.
Desde o requerimento feito pela CPMI do 8 de Janeiro em 11 de julho, o ministro Flávio Dino entregou – de forma fracionada – os registros equivalentes a quatro câmeras instaladas nos arredores do Ministério da Justiça.
Impeachment contra Dino mira contradições do ministro
Como o Paradoxo BR mostrou de forma cronológica, diversas justificativas foram apresentadas pelo chefe da pasta. Entre elas, que o conteúdo estava sob investigação da Polícia Federal. A última explicação foi a que o material teria sido completamente apagado após 15 dias, por obrigações contratuais da empresa responsável pelo equipamento.
